domingo, 19 de junho de 2011

Na Estante


Na estante havia uma única foto
Meio envelhecida pelo tempo
Estampava o sorriso
Como sempre era de alegria o momento

Mas naquela foto que marcava o tempo
Não habitava mais do que lembranças
Uma lembrança é difícil de ser esquecida
Somente se apaga quando a linha da vida é quebrada

Não se espera muito de um tempo que é curto
Somos lançados em um mundo que não entendemos
As tempestades nos acordam de susto
Até mesmo os retratos são jogados ao relento

Na beira do precipício estão as marcas do vento
E em nossos pés as fotos rasgadas
Sem palavras e sem argumentos
Os destinos se desfazem nas perigosas estradas

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