segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Asfalto quente


Neste asfalto quente
Há ferozes máquinas
Ferro derretido e moldado
Construções de molas e parafusos
Saiam da frente os que a pé andam

Dizem: ‘tudo isso é necessário’
É o que encurta as distâncias
A evolução das quatro rodas
Cortando o chão e abrindo florestas

Estradas que se ligam
Caminhos que se fecham
Feras que cospem fumaça
Riscam o céu e a terra

De perto sentimos o calor
Comum depois de um esforço físico
A velocidade é muito cara
Qual o preço que se paga?

Seguimos desse modo
Com mais inovações
Ainda são guiados
Mas nossa mão, no futuro, talvez não tenha o controle.
Não se trata de pensamentos próprios
Apenas mais um brinquedo que criamos
Um brinquedo que se monta e desmonta

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