quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Entre bancos e calçadas, mas invisível.

No chão ali estava. Os olhos fechados, deitado com a cabeça encostada na calçada. Sonha com um mundo no qual não pertence. Um mundo menos agressivo, onde pudesse encher o peito de ar e ter voz. Mas, poderia ele ter escolhido um caminho melhor? Sua vida é mantida com migalhas, restos de comida que acha nas ruas sujas. Poucos lhe dão atenção. Sim, ele é invisível. Se morresse ali mesmo, ninguém se importaria. Às vezes estende a mão para pedir esmolas. Não pensa que o mundo é egoísta. Mas agora apenas dorme no banco da calçada. Sonhando com um mundo que lhe tirou a muito tempo sua inocência.

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