quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A LITERATURA COMO FERRAMENTA DE HUMANIZAÇÃO

Não há dúvidas que a literatura tem a função de humanizar, de criar novos saberes, além de promover aspectos humanos em cada indivíduo, tais como descoberta dos sentidos das palavras, reflexão sobre o mundo, leitura da realidade, entre outros. A partir destes aspectos, a literatura passa a ter uma função social, pois é capaz de promover a libertação do ser humano através do conhecimento.

O texto literário deve ser uma ferramenta indispensável na formação educacional dos alunos. Cabe a escola, no entanto, desenvolver a literatura em função da vida, e não da escola, pois a escola fica, mas o aluno leva o conhecimento com ele, aprimora e reflete sobre sua função na sociedade. O texto literário abre portas para diálogos e conceitos antes ignorados. Compreender, então a literatura, exige leitura, leitura que promova o saber e a criação de novos conhecimentos. Somente a prática da leitura contribuirá para a formação do indivíduo.

É necessário, porém, que a literatura figure na formação do aluno, ajudando-o na descoberta do conhecimento. Conhecimento este que deve proporcionar novas vivências sociais, facilitando a tomada de decisões, e interações com o mundo, criando assim experiências capazes de enfrentar as incertezas da vida ou do desconhecido. O diálogo com o texto literário proporciona diferentes visões, e a viabilidade de uma nova consciência sobre a realidade. O homem é levado a confrontar este mundo e a enfrentar as mudanças que nele ocorrem

Portanto, a literatura tem papel importante, pois abre espaço para a reflexão, transformando o indivíduo num ser crítico, dono de si próprio, ciente de seus deveres e direitos. Os valores humanos, presentes na literatura, também estão ligados às mudanças que frequentemente ocorrem no mundo contemporâneo. A construção destes valores depende muito da formação do homem. Enquanto ser social, ele cria normas, valores morais, e os impõe à sociedade para que haja certa ordem. No momento que os valores são quebrados, surge o caos. Juntamente com o caos, ou seja, a desordem, o homem perde seu rumo e fica sujeito a incertezas, e a escassez da racionalidade. O homem passa a ser um sujeito falso, malicioso e violento. Ele já não consegue fazer um alto exame crítico e perde a noção de solidariedade e respeito. Para que isso não ocorra, a literatura pode trabalhar as ações humanas voltadas aos valores que constituem a sociedade. Ela faz uma leitura sobre a agonia do homem neste mundo em crise.

O mundo então segue uma aventura desconhecida, e o homem deve estar preparado para enfrentar as incertezas do futuro. Portanto, será necessário adaptarmos-nos a este novo mundo, onde os valores se invertem e se renovam em cada dia. Já não há a certeza do real nem do que está por vir, tudo é imprevisível, e somente, o conhecimento pode estreitar a distância entre o mundo real e o ilusório. O conhecer proporciona vivenciarmos e enfrentarmos as mazelas do mundo com dignidade, nos tornando mais fraternos e solidários. O conhecimento só é verdadeiramente puro, quando usado para o bem comum, coletivo. Ele não deve ser estranho ao próximo, mas sim compartilhado, unificado socialmente, a fim de estabelecer valores recíprocos a todos.

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